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Vazio sanitário em frangos de corte

A avicultura brasileira é uma das atividades econômicas mais reconhecidas mundialmente, onde as exigências de mercado como volume de produção, desempenho econômico e segurança sanitária contribuíram para tornar-se uma das mais organizadas e eficientes do mercado avícola mundial.

Devido à demanda de volume de produção, tecnologias como o confinamento das aves, submeteram estes animais a condições extremas de criação, aumentando o risco de problemas sanitários, que poderiam comprometer não apenas a exploração desta atividade, mas também a economia nacional.

Foi a partir deste momento que as agroindústrias iniciaram seus trabalhos utilizando-se de controles rigorosos, instituindo o programa de biosseguridade, o qual é constituído de várias etapas ou práticas de manejo, que em sinergismo apresentam mesma finalidade, ou seja, o controle ou a erradicação de microorganismos patogênicos nos rebanhos comerciais.

Desta forma, o objetivo deste trabalho é revisar procedimentos técnicos conceituais, operacionais e estruturais de um programa de biosseguridade, especialmente o período conhecido como VAZIO SANITÁRIO, auxiliando os profissionais da avicultura e ressaltando a importância de uma criação manejada adequadamente, de forma a prevenir ou controlar a introdução de micro-organismos patogênicos nos rebanhos avícolas comerciais.

Devido à composição do programa de biosseguridade, cada etapa ou prática de manejo é imprescindível. Assim, o sucesso somente será obtido se todos os envolvidos no processo se comprometerem de forma consciente e rigorosa a cumprir cada detalhe descrito.

Portanto, o programa de biosseguridade deve ser utilizado não apenas como uma ferramenta essencial para assegurar a saúde das aves, mas também para agregar valor e garantir a comercialização do produto.

O período de intervalo entre lotes, que equivocadamente chamamos de vazio sanitário, deve ser o mais longo possível, considerando o ponto de vista microbiológico na prevenção e doenças.
Como nossa produção é de ciclo muito rápido e altamente intensiva, sabemos que nem sempre é possível realizar o intervalo entre lotes de no mínimo 15 dias.

Por isso, manter um checklist de todas as ações a serem executadas garantirá que nenhum processo seja esquecido e a limpeza e desinfecção ocorra da forma correta.

Devido a diversidade de sistemas de produção, não é possível montar um plano único de limpeza e desinfecção entre lotes, mas respondendo a estas perguntas, é possível elaborar um plano conciso e eficiente:

- O que deve ser limpo e desinfetado?
- Onde está localizado?
- Quais são as considerações ou precauções necessárias para cada item ou superfície?
- O que necessita ser feito primeiro, segundo, terceiro, etc? Por quê?
- Como cada tarefa deve ser realizada?
- Quando deve ser feito?
- Quem deve fazer cada tarefa?
- Qual o tempo de duração?

Exemplo de Check list de limpeza e desinfecção:

- Comedouros (retirar as sobras de ração);
- Equipamentos desmontáveis;
- Cama, remover ou amontoá-la no interior do galpão, se for reutilizá-la dando a ela o tratamento previsto no Programa de Redução de Patógenos;
- Equipamentos internos, lavar e escovar utilizando o mínimo possível de água (proteger os motores e equipamentos elétricos da ação da água e desinfetantes);
- Paredes, forro e cortinas, usar detergente com o mínimo de água possível;
- Exterior dos galpões: área de serviço, telhado, paredes externas, calhas de esgoto e calhas das placas evaporativas (@ noplaxkobra);
- Depois de secas, desinfetar todas as superfícies, inclusive os equipamentos;
- Utilizar inseticida de baixa toxicidade para controle de cascudinhos;
- Substituir parcialmente cama nova nos locais onde os pintainhos permanecerão por mais tempo;
- Substituir a cama nos locais emplastados.;

Fazer a limpeza interna das tubulações dos bebedouros nipple. Neste caso especifico fazer uso de #bradoxkobra, produto a base de dióxido de cloro que após dissolvido pode permanecer por 12 hs nas tubulações e depois fazer o flushing para a retirada. O #bradoxkobra tem as vantagens de ser 80 vezes mais efetivo que a cloração, não afeta as peças plásticas e metálicas do sistema de bebedouros, não é afetado pela presença de matéria orgânica, nem pelo pH ente 4 e 10.

Portanto, se o intervalo é de 15 dias, no mínimo 5 dias devem ser de VAZIO SANITÁRIO, isto é, com aviário fechado e sem atividades.
Dessa forma o próximo lote encontrará o ambiente e os equipamentos em condições sanitárias para iniciar um novo ciclo de produção com baixo desafio sanitário.

Importante:
Se o lote anterior passou por desafio sanitário (viral ou bacteriano) o Intervalo entre lotes e o Vazio sanitário devem dobrar de duração.

Bibliografia:

E-book Biosseguridade ( www.academiadaavicultura.com.br )

Biosseguridade na Criação de Frango de Corte
Patrícia Franco Gonçalves Previato do Amaral1, Lisiane de Almeida Martins2, Luciana Kazue Otutumi2
1Médica Veterinária, Mestranda em Ciência Animal pela Universidade Paranaense – UNIPAR, Umuarama – Paraná – Brasil, patriciapreviato@gmail.com.
2Médica Veterinária, Professora do curso de Medicina Veterinária e do Mestrado em Ciência Animal da Universidade Paranaense – UNIPAR.
Recebido em: 12/04/2014 – Aprovado em: 27/05/2014 – Publicado em: 01/07/2014

Adaptado pela Equipe Técnica da Kobra.



Publicado por: Marketing Kobra



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